Raul – O Início, o Fim e o Meio
Pipoca aos Macacos?
Embora documentário, Raul – O Início, o Fim e o Meio (Brasil, 2012) comete o grande equívoco de transformar seus depoentes em personagens (possíveis ou não) de si mesmos. Assim, Paulo Coelho se torna o vilão cujo remorso é nenhum por introduzir o músico a contracultura das drogas, Marcelo Nova – não obstante a opinião contrária de Caetano Veloso – é o sacana que provavelmente se aproveitou dos últimos dias de vida de Raul Seixas para alavancar a carreira não só deste mas principalmente sua e as ex-mulheres do rockeiro são coitadas que restaram abandonadas porque trocadas.
Tudo bem, o tom novelesco do longa-metragem pode até talvez equivaler a realidade, porém, tamanha manipulação por parte da direção de Walter Carvalho agrega uma imensa falta de parcialidade as conclusões apresentadas, deficiência essa que se revela ainda mais latente em virtude da carência de imagens do ser homenageado falando de si mesmo.
Uma vez que as opiniões dos outros é que dão o tom do filme, certos aspectos da vida e da carreira de Raulzito acabam tratados de maneira superficial como, por exemplo, sua relação com o satanismo e a suposta perseguição sofrida pelo artista durante os anos de ditadura. Eis o caso em que ao invés de gritar “Toca Raul” a vontade é de dizer “Fala Raul!”.
Ficha Técnica
Direção: Walter Carvalho
Có-direção: Evaldo Mocarzel
Produção:Alain Fresnot, Denis Feijão
Roteiro: Leonardo Gudel
Fotografia: Lula Carvalho
Edição: Pablo Ribeiro
Estreia: 23.03.2012
Duração: 120 min.
Embora documentário, Raul – O Início, o Fim e o Meio (Brasil, 2012) comete o grande equívoco de transformar seus depoentes em personagens (possíveis ou não) de si mesmos. Assim, Paulo Coelho se torna o vilão cujo remorso é nenhum por introduzir o músico a contracultura das drogas, Marcelo Nova – não obstante a opinião contrária de Caetano Veloso – é o sacana que provavelmente se aproveitou dos últimos dias de vida de Raul Seixas para alavancar a carreira não só deste mas principalmente sua e as ex-mulheres do rockeiro são coitadas que restaram abandonadas porque trocadas.
Tudo bem, o tom novelesco do longa-metragem pode até talvez equivaler a realidade, porém, tamanha manipulação por parte da direção de Walter Carvalho agrega uma imensa falta de parcialidade as conclusões apresentadas, deficiência essa que se revela ainda mais latente em virtude da carência de imagens do ser homenageado falando de si mesmo.
Uma vez que as opiniões dos outros é que dão o tom do filme, certos aspectos da vida e da carreira de Raulzito acabam tratados de maneira superficial como, por exemplo, sua relação com o satanismo e a suposta perseguição sofrida pelo artista durante os anos de ditadura. Eis o caso em que ao invés de gritar “Toca Raul” a vontade é de dizer “Fala Raul!”.
Ficha Técnica
Direção: Walter Carvalho
Có-direção: Evaldo Mocarzel
Produção:Alain Fresnot, Denis Feijão
Roteiro: Leonardo Gudel
Fotografia: Lula Carvalho
Edição: Pablo Ribeiro
Estreia: 23.03.2012
Duração: 120 min.
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