Melhores de 2016
Traumático em muitos aspectos, 2016 foi, por outro
lado, um ano a ser comemorado pelo cinéfilo residente em Belém. Repleto de
ótimos títulos, o período contou com a projeção de obras de posicionamentos
políticos contundentes, daí perceber-se a recorrência de assuntos como a
intolerância religiosa e racial, a opressão de direitos fundamentais como a
vida, a supressão da liberdade de ir e vir, de expressão e a violência contra a
mulher. Dito isso, segue a lista das melhores produções exibidas na capital
paraense ao longo desses doze meses:
1. Aquarius
Envolto em polêmicas, Aquarius se mostra superior a essas na medida em que enquanto
clássico instântaneo deixa cravado seu lugar de destaque na história do cinema
nacional graças, entre outras coisas, a um roteiro inspiradíssimo e a direção
virtuosa de Kleber Mendonça Filho.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/09/aquarius.html
2. O
Quarto de Jack
Tocante, O Quarto de Jack emociona, provoca nó na garganta e, o que é
melhor, sem jamais soar como um dramalhão ainda que grandes os riscos de assim
se comportar.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/03/o-quarto-de-jack.html
3. O
Clube
Pablo Larraín mais uma vez demonstra notável
capacidade de tornar envolvente assuntos aparentemente áridos para o âmbito do
cinema de ficção.Voltando o olhar para o cotidiano de padres vivendo em
isolamento numa casa de penitência, o diretor cria imagens chocantes além de
diálogos estarrecedores numa abordagem dura, honesta e, portanto, realista dos
fatos.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/03/o-clube.html
4. O Abraço
da Serpente
Tal qual um documentário antropológico, O Abraço da Serpente aborda a causa indígena e as consequências
nefastas da colonização sobre um povo que, além de ter sua cultura
irremediavelmente agredida por missionários, ainda enfrentou um histórico de
privações, submissão e extermínio.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/11/brincando-nos-campos-do-senhor-o-abraco.html
5. Agnus
Dei
A ferrenha crítica aos dogmas da igreja
católica realizada em Agnus Dei
fomenta reflexões quanto aos direitos da mulher sobre o próprio corpo e das
crianças quanto a vida, o que coloca a obra no panteão das produções que melhor
exploraram as agruras enfrentadas por aquelas que decidem ou são levadas a
vestir o hábito. Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/12/agnus-dei.html
6. Cinco
Graças
Em 5 Graças a violência contra a mulher é
fruto de uma chancela concedida pelo Estado com esteio em uma cultura religiosa
misógina que recebe apoio inclusive do próprio gênero vilipendiado. Esse
contexto da guarida estatal sobre atos de desrespeito a vontade e a liberdade
individual feminina é o responsável por tornar a trama revoltante e a mensagem
feminista impactante.
Leia a crítica em:
http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/08/cinco-gracas.html
7. O
Regresso
O
Regresso reúne o melhor de dois mundos presentes na filmografia de Alejandro González Iñárritu, uma vez que alia com perfeição o seu fascínio pela desgraça ao dinamismo da
linguagem clássica do cinema norte-americano. Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/04/o-regresso.html
8. Os
Cowboys
A história de uma garota desaparecida e da busca efetuada pelo respectivo
pai ganha nuances bastante diferentes das vistas em títulos com temática
parecida na medida em que a tensão em Os
Cowboys é desenvolvida em meio ao caldeirão étnico-cultural que é a França
atual.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/08/os-cowboys.html
9. O
Julgamento de Viviane Amsalem
A partir de recursos mínimos O Julgamento de Viviane Amsalem se impõe
como um poderoso libelo feminista em defesa de mulheres ignoradas em suas
vontades, sendo assim um colosso na luta contra a misoginia e a opressão
masculina silenciosa ou estridente.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/04/o-julgamento-de-viviane-amsalem.html
10. Os 8 Odiados
Quentin Tarantino
reinsere em seu cinema uma linguagem teatral (algo que não ocorria desde suas
estreia em Cães de Aluguel) e
aproveita tal toada para esbravejar contra a segregação racial da maneira
politicamente incorreta que lhe é costumeira.
Leia a crítica em: http://setimacritica.blogspot.com.br/2016/01/os-8-odiados.html
11. Boa Noite, Mamãe
12. Boi Neon
13. A Chegada
15. Capitão América – Guerra Civil
17. A Comunidade
18. Victoria
19. Anomalisa
20. A Juventude
22. La Vanité
23. Meu Nome é Ingrid Bergman
24. O Contador
25. O
Filho de Saul
Melhor Direção: Kleber
Mendonça Filho (Aquarius)
Melhor Ator: Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Melhor Ator Coadjuvante: John Turturro (Mia Madre)
Melhor Atriz: Lou
de Laâge (Agnus Dei)
Melhor Atriz Coadjuvante: Alicia
Vikander (A Garota
Dinamarquesa)
Melhores Efeitos Especiais: Doutor Estranho
Melhor Fotografia: Emmanuel
Lubezki (O Regresso)
Melhor Roteiro Adaptado: O Quarto de Jack
Melhor Roteiro Original: Aquarius
Melhor Montagem: A Chegada/O Abraço da Serpente
Melhor Direção de Arte: A Chegada/O Conto dos Contos
Melhor Figurino: O Conto dos Contos
Melhor Trilha Sonora: Os 8 Odiados
Melhor Documentário: Francofonia – Louvre Sob Ocupação
Melhor Animação: Anomalisa
Melhor Curta-metragem: Piper
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