Melhores de 2017
O arrebatamento
cinematográfico foi raro em 2017. Consequentemente, montar uma lista de
melhores do ano se mostrou uma tarefa árdua, tamanho o número de produções que
não cumpriram aquilo que prometeram ou que, a despeito de suas qualidades
técnicas, não foram capazes de envolver a ponto de se tornarem
memoráveis. Em meio a tais frustrações algo há de ser festejado, qual seja o
maior número de lançamentos nacionais, dentre os quais se inclui uma
considerável fração composta por documentários – cortesia das louváveis e infelizmente
ainda pouco prestigiadas atividades da Sessão Vitrine. Tecidas as devidas considerações
e lamentações, segue o rol dos títulos exibidos em Belém que melhor conseguiram
driblar os problemas mencionados:
01.
Mãe!
O desafiador trabalho
de Darren Aronofsky oferece um leque de interpretações em meio a metáforas
religiosas que, num viés surrealista, discutem desde a depredação ambiental
praticada pelo homem até o culto das celebridades. Leia a crítica:http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/10/mae.html
02. Elle
Paul Verhoeven volta a abraçar a polêmica
em grande estilo numa obra que ao invés de se restringir ao tema do estupro,
vai além ao explorar as mentiras sinceras, jogos de poder e manipulações que
marcam o universo adulto. Leia a crítica: http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/04/elle.html
03.
Logan
Logan
narra os últimos dias do herói em uma trama na qual a decadência e a violência
ditam as regras em meio a diálogos impróprios, vulgares que bem espelham o
estado de espírito de seus interlocutores.Leia a crítica:http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/06/logan.html
04. La La Land – Cantando Estações
La
La Land entrega um dos mais belos e tristes retratos de um amor vitimado
pelo tempo e pela individualidade. Ao encarar a tristeza o longa-metragem lembra
o espectador que ser adulto possui complexidades que levam a razão a triunfar
sobre a emoção, deixando-lhe, assim, um apertado nó na garganta. Leia a
crítica:http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/02/la-land-cantando-estacoes.html
05. Dunkirk
Dunkirk
é um assombro de técnica. Típico trabalho para ser visto obrigatoriamente na
tela de um cinema, o filme corresponde a uma virtuosa proposta de direção de
Christopher Nolan que rege, tal qual um expert
em épicos, os elementos técnicos que fazem da produção um show para olhos e
ouvidos. Leia a crítica: http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/09/dunkirk.html
06. Manchester à Beira-Mar
Manchester à
Beira-Mar registra a ocasião em que o método de atuação minimalista de Casey
Affleck melhor se encaixa a um papel, qual seja o de um homem que, marcado por
uma tragédia, segue sem perspectiva nem motivo para continuar de pé. Leia
a crítica: http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/04/manchester-beira-mar.html
07. Bingo – O Rei das Manhãs
Bingo
representa o tão almejado e pouco comum caso de produto cinematográfico voltado
a divertir sem abrir mão de ser denso e de respeitar a inteligência da plateia
adulta. Não à toa, o filme alcança patamar de qualidade parecido ao dos
melhores títulos sobre ascensão e queda de um personagem produzidos nas últimas
décadas, tais como Os Bons Companheiros,
O Lobo de Wall Street e Boogie Nights. Leia a crítica:http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/09/bingo-o-rei-das-manhas.html
08.Vermelho Russo
Somente
o viés um tanto documental, um tanto metalinguístico já seria o bastante para
tornar interessante Vermelho Russo que, insatisfeito, vai ainda além ao se debruçar sobre o método Stanislavski de atuação ensinado em plena Moscou
lindamente filmada em sua geografia e arquitetura. Leia a crítica: http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/06/vermelho-russo.html
09.Divinas Divas
Divinas
Divas realiza uma carinhosa análise sobre a trajetória da primeira geração
de artistas travestis do país. Com efeito, a produção não se limita a olhar
para trás e se volta também para o presente, ocasião em que trata com extrema
delicadeza a questão do envelhecimento e ocaso de artistas para quem as luzes
já não brilham como antes. Leia a crítica:http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/07/divinas-divas.html
10.Columbus
O delicado e ao mesmo
tempo vigoroso longa-metragem de estreia de Kogonada bebe muito da fonte de Encontros e Desencontros de Sofia
Coppola, mas tem seu brilho e valor próprios, graças, por exemplo, ao
interessante uso de suas locações. Leia a crítica: http://setimacritica.blogspot.com.br/2017/12/columbus-encontros-e-desencontros_23.html
11. O Apartamento
12. O Cidadão Ilustre
13.
A Criada
14.
Blade Runner 2049
15.
Afterimage
16.
Personal
Shopper
17. Animal Político
20. A Vida de Uma Mulher
Melhor Direção: Dunkirk
Melhor Roteiro Original: Mãe!
Melhor Roteiro Adaptado: Elle
Melhores Efeitos
Visuais:
Guardiões da Galáxia 2
Melhor Direção de Arte: Dunkirk
Melhor Fotografia: Dunkirk / Roda
Gigante
Melhor Montagem: Manchester à Beira-Mar
Melhor Ator:
Hugh Jackman (Logan)
Melhor Atriz: Isabelle Huppert
(Elle)
Melhor Ator
Coadjuvante: Issei Ogata (Silêncio)
Melhor Atriz
Coadjuvante: Hayley Squires (Eu, Daniel Blake)
Melhor Trilha Sonora: Dunkirk
Melhor Canção: The Fool Who Dreams
(La La Land)
Melhor Som: Dunkirk
Melhor Animação: A Tartaruga Vermelha
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