A Colina Escarlate
Tão Bonito Quanto Previsível
Ao discorrer sobre os
três filmes da franquia Star Wars
lançados entre 1999 e 2005, Isabela Boscov ressalta que George Lucas se esmerou
na criação de mais “efeitos digitais,
mais criaturas estranhas, mais personagens [...] sem ver que estava subtraindo da saga seu corpo, e deixando nela só o
figurino”¹. Tal conclusão, por certo, se adequa a outro sem número de
títulos dentre os quais cabe salientar A
Colina Escarlate (EUA, 2015) tamanha a beleza plástica que Guillermo Del
Toro apresenta desacompanhada, contudo, de um roteiro a altura.
Embora o diretor
mexicano, junto com suas obras, seja constantemente supervalorizado, através da
produção em comento o mesmo retira qualquer dúvida que pudesse pairar sobre seu
apuro estético que nesse caso ganha as telas com a ajuda de belíssimas direções
de fotografia, arte e figurino, frentes de batalha essas responsáveis por tornar
real aquilo que o cineasta concebera em sua imaginação principalmente no que
tange a paleta de cores.
Destarte, o vermelho se
alia ao verde, ao preto, ao branco e ao sépia numa profusão de tons cromáticos que
magistralmente combinados mantém qualquer um encantado com o caleidoscópio
formado até o instante em que o enredo começa a desapontar em razão do seu grau
de previsibilidade. Também não ajuda, dentro deste contexto, a toada
fantasmagórica dispensável porque nada de interessante acrescenta a trama,
sendo a mesma na verdade utilizada tão somente para disfarçar o fato de o filme
ser apenas mais um exemplo de relato de golpe do baú com contornos macabros.
Nada de inovador, portanto, quanto ao conteúdo há. Exceto pelo belo desempenho
de Jessica Chastain que brilha como nunca antes visto, A Colina Escarlate nada mais é do que um espetáculo para os olhos
no qual a mente segue frustrada por não desfrutar de semelhante impacto.
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1.
Revista Veja.
Ed. 2457. São Paulo: Abril, 23.12. 2015. p.112-3.
Ficha
Técnica
Título Original: Crimson Peak
Direção: Guillermo
Del Toro
Elenco: Mia
Wasikowska, Jessica Chastain, Alec Stockwell, Bill Lake, Brigitte Robinson, Bruce Gray, Burn Gorman,
Charlie Hunnam, Danny Waugh, Doug Jones, Emily Coutts, Gillian Ferrier, Javier
Botet, Jim Beaver, Jim Watson, Joanna Douglas, Jonathan Hyde, Kimberly-Sue
Murray, Leslie Hope, Matia Jackett, Peter Spence, Sofia Wells, Tamara Hope, Tom
Hiddleston
Roteiro:
Matthew Robbins, Guillermo Del
Toro
Produção: Callum
Greene, Guillermo del Toro, Jon Jashni, Thomas Tull
Fotografia:
Dan Laustsen
Montagem:
Bernat Vilaplana
Trilha
Sonora: Fernando Velázquez
Estreia no
Brasil: 15 de Outubro de
2015
Duração: 119 min.
O ponto de maior destaque da obra é o seu visual, que já começa se destacando nos figurinos e nas decorações dos ambientes “comuns” no início e que depois se amplifica absurdamente. Falar do Charlie Hunnam significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. Eu amo os filmes de charlie hunnam O mesmo aconteceu com esta produção, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.
ResponderExcluirOlá, obrigado pela participação!
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